sexta-feira, 19 de abril de 2024

Concluem-se os trabalhos

da 61ª Assembleia Geral da CNBB

Nesta sexta-feira, dia 19 a conclusão dos trabalhos iniciados no último dia 10 de abril. O número de bispos no país é de 482, dos quais 316 estão no exercício do governo pastoral de uma Igreja Particular (dioceses e arquidioceses) e outros 166 são bispos eméritos.

A maior Conferência Episcopal do mundo se reuniu na Capital Mariana da Fé durante 10 dias, para rezar, refletir e discutir em torno do tema central — A realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora — e outros assuntos em 27 sessões, durante a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Três os temas prioritários: Sínodo dos Bispos 2021-2024; Jubileu 2025; e Juventude. Também foram tratados assuntos em razão da previsão estatutária da Conferência (Doutrina da Fé, Liturgia, Relatório anual da presidência, relatório econômico, Textos Litúrgicos – CETEL).

O número de bispos no país é de 482, dos quais 316 estão no exercício do governo pastoral de uma Igreja Particular (dioceses e arquidioceses) e outros 166 são bispos eméritos.

Cada bispo trouxe na bagagem suas vivências pastorais, conquistas e dificuldades para serem partilhadas com os demais. Entre as plenárias, reuniões e debates de temas importantes para a Igreja Católica e para a sociedade, os bispos ainda participaram de um retiro e celebração ecumênica.

A Assembleia teve início com a participação do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, que conduziu o retiro aos bispos do Brasil com o tema: “Caminho Sinodal” e as meditações sobre a “Comunhão, participação e missão”.  Também houve a participação do presidente da Conferência Episcopal de Burkina Faso e Níger, dom Laurent Dabiré, que contou sobre o drama do terrorismo que aflige o seu país

Nestes dias de trabalhos os bispos brasileiros experimentaram a metodologia da “Conversa no Espírito”, realizada em mesas sinodais para discernir as decisões da Igreja no Brasil, em sintonia com o Sínodo dos Bispos realizado em outubro de 2023 e que terá continuidade em outubro próximo no Vaticano. Os prelados divulgaram quatro mensagens (ao Papa, ao prefeito do Dicastério para os Bispos, ao povo brasileiro e ao povo católico). Todos os dias o encontro com os jornalistas em coletivas de imprensa sobre os temas abordados na Assembleia.

Há 13 anos o Santuário Nacional hospeda o principal encontro da maior Conferência Episcopal do mundo, com uma estrutura completa com as sessões realizadas no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho.

Diversos setores da Casa da Mãe e da CNBB trabalharam com muita fé e dedicação durante os dias da Assembleia Geral, mostrando que a Rainha e Padroeira do Brasil intercede por cada um de nós e também pelos 486 bispos e devotos de Aparecida, para a tomada das decisões importantes da Igreja em nosso país.

Em declarações ao A12 dom Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil disse:

“Na Casa da Mãe tem afago, tem ternura! Um motivo de alegria e satisfação, mas também a Mãe segue dizendo para nós: 'Faça tudo o que meu Filho vos disser'. A Mãe é Intercessora, e isso repercute de uma forma toda especial e nos inspira nestes dias aqui no Santuário Nacional de Aparecida”.

Agora os bispos retornam às suas dioceses levando na bagagem o calor e a esperança desse encontro na Casa da Mãe, um encontro que no próximo ano irá dar as diretrizes para o caminho futuro da nossa Igreja Católica, presente no Brasil.

Silvonei José - Vatican News - Aparecida - Com informações A12

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4º Domingo da Páscoa:

Leituras e Reflexão

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1ª Leitura: At 4,8-12

Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos 

Naqueles dias, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse: “Chefes do povo e anciãos: hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré, — aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos — que este homem está curado, diante de vós.

Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes, e que se tornou a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos”.

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Responsório: Sl 117

— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular.

— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular.

— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!”/ É melhor buscar refúgio no Senhor,/ do que pôr no ser humano a esperança;/ é melhor buscar refúgio no Senhor,/ do que contar com os poderosos deste mundo!

— Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes/ e vos tornastes para mim o salvador!/ A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso;/ que maravilhas ele fez a nossos olhos!

— Bendito seja, em nome do Senhor,/ aquele que em seus átrios vai entrando!/ Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço!/ Vós sois meu Deus, eu vos exalto com louvores!/ Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ “Eterna é a sua misericórdia!”

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2ª Leitura: 1Jo 3,1-2
Leitura da Primeira Carta de São João

Caríssimos: Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.

Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.

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Evangelho: Jo 10,11-18

Proclamação do Evangelho de São  João

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor a quem pertencem, e as ovelhas não são suas, quando vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e sai correndo. Então o lobo ataca e dispersa as ovelhas. O mercenário foge porque trabalha só por dinheiro, e não se importa com as ovelhas.

Eu sou o bom pastor: conheço minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou a vida pelas ovelhas. Tenho também outras ovelhas que não são deste curral. Também a elas eu devo conduzir; elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la de novo. Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente. Tenho poder de dar a vida e tenho poder de retomá-la. Esse é o mandamento que recebi do meu Pai.»

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Reflexão do padre Johan Konings:

O pastor, os pastores e a pastoral

O evangelho traz as palavras de Jesus sobre o “bom pastor” (Jo 10,11-18) e a 1ª leitura (At 4,8-12) nos mostra o primeiro pastor da jovem comunidade cristã, Pedro, defendendo o rebanho perante o supremo conselho dos judeus em Jerusalém. Dois exemplos de pastores que põem em jogo sua vida em prol de suas ovelhas. Por isso, também, este domingo é o do­mingo das vocações “pastorais”.

Antes, porém, de assimilar a mensagem destas leituras é preciso deslocarmo-nos para as estepes da Judéia, para imaginar o que significa a imagem do “pastor”. O povo de Judá era, tradicionalmente, um povo de pastores de ovelhas e cabras. Assim, por exemplo, o rei Davi foi chamado de detrás do rebanho para ser rei de Judá e Israel. Ora, havia pastores proprie­tários, para quem o rebanho era seu sustento, e assalariados, que não se importavam muito com o rebanho…. Todo judeu conhecia a história de Davi, que, para salvar o rebanho de seu pai Jessé, correu risco de vida enfrentando um leão (1 Sm 17,34-37). E conheciam-se também as advertências proféticas contra os maus pastores de Israel (os reis e chefes) que se engorda­vam às custas das ovelhas em vez e de conduzi-las à pastagem (Ez 34,2 etc.).

O pastor “certo” é Jesus, diz Jo 10,11. Ele conduz as ovelhas com segurança, dando a vida por elas, pois são pedaços de seu coração, à diferença dos assalariados, que fogem quan­do se apresenta um perigo: um leão, um lobo… Jesus é o pastor de verdade, o Messias, o novo Davi e muito mais! Ele dá a vida pelas ovelhas. O caminho pelo qual conduziu as ovelhas foi o do amor até o fim. Ele deu o exemplo. Sua vida certamente não esteve em contradição com sua “pastoral”, como acontece com outros.

O que é pastoral? Não é chefia e organização. É conduzir, no amor demonstrado por Jesus, aqueles que viram nele resplandecer a vida e a salvação. Os que escutam sua voz. Pastoral é evangelização continuada, é fidelidade à boa-nova proclamada. Assim como a “pastoral” de Jesus, talvez exija fidelidade até a morte (desde Tiago e Pedro até Dom Oscar Romero e os demais mártires de hoje). Os pastores têm de identificar-se com Jesus, que dá a vida pelos seus.

Quem são as ovelhas? São os que seguem a voz do pastor. Mas não só os que participam da Igreja de modo organizado. A organização da comunidade não é o último critério para a missão pastoral. Diante dos discípulos que eram de origem judaica, Jesus declarou: “Tenho ainda outras ovelhas, que não são deste rebanho” (Jo 10,16). A pastoral tem uma dimensão missionária que ultrapassa os integrados e organizados!

E quem são os pastores? Há pastores constituídos, os que participam do sacramento da Ordem (bispos, presbíteros, diáconos). Mas, como o Espírito sopra onde quer, a vocação pasto­ral pode estender-se além desses limites. Cada um pode ser um pouco “pastor” de seu irmão. Até os serviços que a Igreja anima para a transformação da sociedade são chamados de pasto­rais (“pastoral da terra”, “da mulher marginalizada”, “dos direitos humanos” etc.). O que im­porta é que os agentes pastorais assumam o empenho da própria vida na linha de Jesus e de seu testemunho de amor. Que sejam “bons pastores”, amando a Cristo e a seus irmãos de modo ra­dical, dando a vida por eles. Que não usem as ovelhas para ambições eclesiásticas ou políticas. Que não sejam traiçoeiros. Que transmitam a seus irmãos o carinho de Deus mesmo.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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Reflexão em vídeo de Frei Gustavo Medella


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Fonte: franciscanos.org.br   Imagem: vaticannews.va  Banner: Fr. Fábio M. Vasconcelos

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

   Horários de missa e outros eventos

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Dia 19 - Sexta-feira

6h30 - Oração da Mil Misericórdias na Matriz

8h - Terço comunitário na Matriz

19h - Grupo de Oração Maranathá na capela da Soledade

19h - Missa no Boa Vista 2       19h - Missa na Lagoa

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Dia 20 - Sábado

8h - Terço comunitário na Matriz

19h - Missa na Matriz

19h - Missa no Centro Pastoral São Francisco

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Dia 21 - 4º Domingo da Páscoa

7h - Missa na Matriz      9h - Missa na Matriz

     11h - Missa na igreja de Santa Edwiges

19h - Missa na Matriz

19h - Missa na igreja da Santo Antônio 

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Assessoria de Comunicação lança

aplicativo na 61ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil

Durante a primeira sessão desta quinta-feira, 18, a Assessoria de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou um aplicativo de celular. O projeto foi desenvolvido em parceria com a empresa Parresia e está disponível gratuitamente para Android e iOS.  

Padre Arnaldo Rodrigues, assessor de Comunicação da CNBB, apresenta o aplicativo. | Fotos: Victória Holzback – Comunicação 61ª AG CNBB

“Com este aplicativo, buscamos criar uma comunicação de relacionamento, proporcionando um ambiente digital mais humanizado. Não é um espaço a partir do qual o usuário apenas recebe informações, mas onde pode interagir com a Conferência”, afirmou o assessor de comunicação da CNBB, padre Arnaldo Rodrigues, durante a apresentação aos bispos.  

O aplicativo, que foi pensado a partir da premissa de permitir ao usuário fazer uma experiência de fé no ambiente digital, dá acesso à palavra oficial da Conferência e aos destaques dos regionais e das comissões episcopais.

Será possível navegar pelas últimas notícias em destaque, dos eventos, podcasts, fotos, vídeos e os artigos dos bispos. 

Além de notícias atualizadas por categorias, o usuário poderá facilmente acessar a liturgia diária e das horas e notícias das Comissões e Regionais da CNBB, divulgação de eventos e a palavra oficial da Conferência. O aplicativo oferece também a possiblidade ao usuário de criar sua conta e salvar os seus conteúdos preferidos. 

Para o padre Arnaldo, em um mundo em constante transformação, onde a tecnologia nos conecta de maneiras nunca imaginadas, a CNBB dá este passo importante para acompanhar e ser presença neste novo tempo. 

Confira o vídeo de apresentação do aplicativo:

Com colaboração Marcus Tullius (Pascom Brasil) - Comunicação da 61ª AG CNBB.

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                                                                                                                Fonte: cnbb.org.br

Padre Zezinho aos bispos em Aparecida (SP):

“Ouvir as autoridades eclesiais
foi o modo que encontrei de ser catequista”

Em passagem por Aparecida (SP), durante uma das sessões de hoje, dia 17, na 61ª edição da Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o padre José Fernandes de Oliveira, SCJ, popularmente conhecido como Padre Zezinho, contou sua trajetória na evangelização por meio da música.

“Eu entendi desde criança que se quisesse fazer comunicação eu teria que ser capaz de dialogar e defender a Igreja”, enfatizou o sacerdote na plenária dos bispos. Apaixonado por leitura, o padre Zezinho afirmou que, em sua juventude, o contato com os textos de Santo Tomas de Aquino e de Santo Agostinho ofereceu a ele a cultura eclesial necessária para evangelizar sempre com espírito de comunhão.

“Ouvir as autoridades eclesiais foi o modo que encontrei de ser catequista”, disse o padre conhecido nacionalmente pelas suas canções de louvor e de atualização dos documentos da Igreja, como ele mesmo explicou ao episcopado resumindo sua missão junto à música católica.

Em suas próprias palavras, o padre dehoniano, escritor e músico brasileiro disse que “ler, ouvir e opinar” configura-se como a tríplice capacidade que os sacerdotes devem ter na evangelização do povo de Deus.

Ao lembrar do modelo de diálogo pacífico de comunicação que orientou sua trajetória musical, Padre Zezinho sublinhou que a obediência ao Papa e aos bispos, e o respeito à CNBB, sempre conduziram seus passos musicais. No final, o episcopado brasileiro, com o Padre Zezinho, cantou “Maria de Nazaré”, uma das clássicas canções de sua autoria.

No vídeo, abaixo, um registro dos bispos cantando: “Maria de Nazaré”

Com colaboração de padre Tiago Barbosa (Sul 1) e foto de Victória Holzbach (Sul 3) - Comunicação 61ª AG CNBB.

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                                                                                                                Fonte: cnbb.org.br

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Em Coletiva de Imprensa, cardeais apresentam

as quatro mensagens aprovadas pelo episcopado brasileiro

Seguindo a tradição das Assembleias Gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, quatro cardeais brasileiros durante a coletiva desta quinta-feira, 17 de abril, tornaram conhecidos o processo de construção e o conteúdo das quatro mensagens aprovadas pelo episcopado brasileiro: ao Papa Francisco, ao prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal Robert Francis Prevost, ao povo brasileiro e aos cristãos católicos. Esta última, uma das novidades desta edição da assembleia.

Segundo o arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, na carta ao Papa Francisco o episcopado brasileiro manifesta a comunhão com o Santo Padre, apresentou os temas gerais da assembleia e um agradecimento pela riqueza de seu pontificado, aquilo que ele propõe à Igreja nesse momento: a paz, a justiça, as migrações e das pessoas que morrem no mar.

Carta aos cristãos católicos do Brasil

Pela primeira vez se faz uma mensagem da Assembleia às comunidades católicas, enfatizou o arcebispo de São Paulo, cardeal Pedro Odilo Scherer, que trata da vida das comunidades. A mensagem inicia agradecendo “por tudo aquilo que de bom e belo existe para a missão”, por tudo o que é vivido e realizado nas comunidades. Igualmente o texto ressalta a santidade, com um número de “processos de beatificação e canonização como nunca houve antes”.

A carta dirige uma palavra de encorajamento sobre algumas questões, tendo como pano de fundo a sinodalidade: o diálogo, o respeito pelos outros, saber divergir sem brigar, insistindo em que “nossa fé não deve dividir, mas deve ser um elemento que ajuda a criar comunidade”.

A mensagem ressalta a necessária comunhão com o Papa e com os bispos e faz um convite a não desanimar diante das dificuldades presentes e à participação ativa na vida das comunidades e da sociedade. Finalmente, um chamado à preparação ao Jubileu 2025. De acordo com dom Odilo, trata-se de uma carta que pretende “encorajar, orientar, apoiar, respaldar a nosso povo católico”.

Carta ao Dicastério para os Bispos

Sobre a carta ao prefeito do Dicastério para os Bispos, o arcebispo de Rio de Janeiro, cardeal Orani Tempesta, disse que é reservada ao cardeal Prevost e trata sobre o que está sendo feito na 61ª Assembleia Geral da CNBB. A mensagem “coloca os problemas que nós estamos enfrentando enquanto Igreja no Brasil, coloca as soluções que a nossa assembleia está propondo e agradece ao prefeito pelas indicações ao Santo Padre para as 20 nomeações episcopais para a Igreja do Brasil desde a última assembleia”, enfatizou dom Orani.

Mensagem ao Povo Brasileiro

A Mensagem ao Povo Brasileiro, “um texto em certo sentido longo”, segundo o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, dada “a necessidade de abordarmos alguns elementos importantes”, pretende ser uma mensagem de esperança, de futuro, da realidade política e climática, que aborda as eleições que se aproximam, lembrando os 60 anos de início da Ditadura e incentivando a cuidar da Democracia e combater a violência no país e as guerras.

Dom Leonardo pediu a ajuda dos meios de comunicação para que essas mensagem cheguem e ajudem diante da situação de tensão, de conflitos e de muita violência que a sociedade brasileira vive, provocada pelas drogas, as facções e pelas as palavras. Trata, segundo dom Leonardo, de uma mensagem que faz um chamado à paz, também na floresta, para os povos indígenas, ameaçados pelo Marco Temporal.

Baixe a íntegra da Mensagem ao Povo Brasileiro

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Papa na catequese desta quarta-feira:

Em um mundo de excessos,

a temperança nos ajuda a pôr ordem no coração

"A pessoa temperante consegue manter os extremos juntos: afirma os princípios absolutos, reivindica os valores inegociáveis, mas também sabe compreender as pessoas e demonstra empatia por elas", disse o Papa ao dedicar sua catequese à virtude da temperança, na Audiência Geral desta quarta-feira, 17 de abril. 

A virtude da temperança foi o tema da catequese do Papa na Audiência Geral desta quarta-feira, 17 de abril, realizada na Praça São Pedro, com a participação de milhares de fiéis.

Francisco deu continuidade ao ciclo sobre os vícios e as virtudes, e recordou que para os antigos estudiosos a prática desses valores tinha como objetivo a felicidade.

A arte de não se deixar dominar

Ao falar sobre a quarta e última virtude cardeal, o Pontífice citou o filósofo Aristóteles, que ao escrever o seu mais importante tratado de ética, abordou o tema das virtudes, entre as quais ocupa um lugar importante a temperança.

“Esta virtude é, portanto, a capacidade de autocontrole, a arte de não se deixar dominar pelas paixões rebeldes, de pôr ordem na confusão do coração humano.”

Comportar-se com sabedoria

O Papa recordou também da definição presente no Catecismo da Igreja Católica: “a temperança é a virtude moral que modera a atração dos prazeres e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados”. E enfatizou que a temperança é a virtude da justa medida:

“Em todas as situações, ela se comporta com sabedoria, porque as pessoas que sempre agem por ímpeto ou exuberância, em última análise, não são confiáveis. Em um mundo onde tantas pessoas se orgulham de dizer o que pensam, a pessoa temperante prefere pensar no que diz. Ela não faz promessas vãs, mas assume compromissos na medida em que pode satisfazê-los.”


A medida certa

Quando confrontados com os prazeres da vida, segundo o Papa Francisco, a temperança nos ensina a agir com discernimento. "O livre fluxo dos impulsos e a total licença concedida aos prazeres acabam se voltando contra nós mesmos, mergulhando-nos num estado de tédio", alertou o Papa.

“A pessoa temperante sabe pesar e medir bem as palavras. Ela não permite que um momento de raiva arruíne relacionamentos e amizades que depois só podem ser reconstruídas com dificuldade. (...) Há um tempo para falar e um tempo para calar, mas ambos exigem a medida certa.”

Compreender com empatia

Francisco sublinhou que manter o controle interior nem sempre significa ter o rosto tranquilo e sorridente, às vezes é preciso ficar indignado, mas da maneira certa, pois uma palavra de censura às vezes é mais saudável do que um silêncio ácido e ressentido:

“O temperante sabe que nada é mais inconveniente do que corrigir o outro, mas também sabe que é necessário: caso contrário, daria rédea solta ao mal. Em certos casos, a pessoa temperante consegue manter os extremos juntos: afirma os princípios absolutos, reivindica os valores inegociáveis, mas também sabe compreender as pessoas e demonstra empatia por elas.”

O estilo do Evangelho

Em um mundo onde tudo leva ao excesso, observou o Papa, a pessoa que põe em prática a temperança representa o equilíbrio e vive valores próximos ao estilo do Evangelho, como a pequenez, a discrição e a mansidão. E, por fim, o Santo Padre ofereceu alguns exemplos da pessoa temperante:

“É sensível, sabe chorar e não tem vergonha disso, mas não sente pena de si mesmo. Derrotado, ele se levanta novamente; vitorioso, ele consegue retornar à sua vida oculta habitual. Não busca aplausos, mas sabe que precisa dos outros. Não é verdade que a temperança deixa-nos grisalhos e tristes. Antes, faz-nos desfrutar melhor dos bens da vida.”

“Rezemos ao Senhor para que nos conceda esse dom da maturidade afetiva e social. O dom da temperança.”

Thulio Fonseca - Vatican News

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Assista:

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